quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Circuitos Eletrônicos – Ligação em Série

Muitas vezes ouvimos falar em ligar componentes em série, mas como funciona essa ligação?
Quando trabalhamos em circuitos compostos por resistores, geralmente temos a dificuldade de encontrar valores específicos que nem sempre são vistos no mercado.
Os valores podem ser definidos facilmente por uma ligação em série.
Nesse tipo de ligação, o valor é muito simples de calcular.
Supondo um valor de 225 ohms para um determinado circuito.
No circuito em série de resistores, temos que, o valor total, é a soma dos valores dos resistores independente de suas posições.
Ou seja, para chegar ao valor de 225 ohms, poderemos utilizar na composição, um resistor de 220 ohms, outro de 4,7 ohms e outro de 0,33 ohms. Dessa forma chegamos ao valor bem aproximado do desejado.
220 + 4,7 + 0,33 = 225,03
A ordem dos resistores é indiferente ao valor final.

O mesmo aplica-se à ligação série entre alto-falantes.
Em alguns casos precisamos “casar” impedâncias entre alto-falante e amplificador de som.
Um caso, por exemplo, seria um amplificador que possua um limite mínimo de impedância de saída de 8 ohms e ligaríamos 4 alto-falantes com impedância de 2 ohms cada.
Existem alguns cuidados nesse tipo de ligação entre alto-falantes.
Devem ser conectados de forma que o negativo de um seja conectado no positivo do outro, caso contrário, eles trabalharão em oposição de fase.
Utilize preferencialmente alto-falantes de mesmo tipo e potência.

É muito comum também, usar esse tipo de ligação entre pilhas e baterias.
Nesse caso, é importante entender que a tensão se elevará na somatória das unidades, porém a corrente permanecerá a mesma.
Muito importante é ligar a polaridade do negativo de uma pilha no positivo da outra.
Outra questão muito importante, porém normalmente ignorada é de que as pilhas devem ser de capacidade e tempo de uso iguais, caso contrário, em um determinado momento, sobrará capacidade em uma pilha enquanto outra estará sem energia, causando a inversão dos pólos e conseqüentemente o vazamento químico da pilha.
 
A configuração em série também pode ser usada para lâmpadas.
Se por exemplo, tivermos uma rede elétrica de 220V e lâmpadas de 110V, podemos conectar duas lâmpadas em série e ligar normalmente na rede.
Muito importante! A potência das lâmpadas deve ser a mesma. Denominação descrita em Watts. Exemplo: 100 Watts.

Da mesma forma, essa configuração pode ser usada para ligação entre LEDs.
É o caso quando queremos aproveitar ao máximo a luz em função do consumo. Como na leitura anterior, verificamos uma grande perda no resistor que polariza o LED, agora podemos minimizar essa perda agregando outro(s) LED(s) em série.
Lembrando que a queda de tensão em um LED convencional vermelho é em torno de 2 volts, quando colocamos outro em série, essa tensão sobe para 4 volts, transformando o que seria perda sobre o resistor em aproveitamento luminoso.
No post anterior, tínhamos uma bateria de 9 volts alimentando o circuito, no qual desperdiçava 7 volts multiplicados pela corrente, em calor. Se utilizarmos dois LEDs em série, como mostra na figura acima, esse desperdício será reduzido para 5 volts multiplicado pela corrente, resultando em mais luz com a mesma energia.
Uma observação importante é que devemos ligar sempre o catodo de um LED no Anodo do outro.

Temos um caso onde ligação em série se difere quanto ao valor final da associação.
Quando ligamos capacitores em série, ele se comporta de uma forma diferenciada quanto ao visto até o momento.
Nesse caso, calculamos a capacitância somando o inverso de cada valor, e por último, invertemos o resultado da soma.
Parece complicado, mas vejamos de uma forma simplista. Se todos os valores forem, por exemplo 10µF, podemos simplesmente dividir esse valor pela quantidade de capacitores em série, que no caso é 3. Portanto o valor final será, 3,33µF.