terça-feira, 23 de agosto de 2011

Componentes Eletrônicos - Indutor


O indutor ou mais conhecido como bobina, é um componente capaz de armazenar energia, assim como o capacitor, porém de forma diferente. Enquanto o capacitor consegue manter uma energia estável por um longo período, o indutor funciona como uma mola e retorna uma energia armazenada de forma instantânea e às vezes, dependendo de sua construção, até superior, em função do curto espaço de tempo de descarga. Essa energia é armazenada em forma de campo magnético. Ou seja, quando conectamos um indutor a uma fonte de energia constante, temos em seu corpo a formação de um campo magnético polarizado. Logo que desligamos a energia que alimenta o indutor, o mesmo transforma o campo magnético em energia elétrica novamente em uma breve descarga.

A essa capacidade de armazenamento do indutor em energia magnética é dado o nome de indutância. Símbolo L. Unidade Henry (H).

A construção de um indutor é muito simples. Basta enrolar um pedaço de fio condutor isolado em algum material e já teremos um indutor. Normalmente utilizamos como material de fio condutor, o cobre.


Um fator muito importante, é o núcleo no qual usamos para enrolar o fio. Pois esse núcleo pode ser de material magnetizante ou inerte. No caso de materiais inertes ao magnetismo, dizemos que o indutor possui núcleo de ar e dessa forma simplesmente ignoramos o material ao calcularmos o indutor. No caso de materiais magnetizantes, o núcleo passa a interferir no valor final da indutância, aumentando significativamente seu valor.
Outros fatores também influenciam na indutância. O diâmetro do indutor e a distância entre as espiras.
Na eletrônica, o indutor é comumente utilizado em filtros de frequência. Seja em divisores de frequência em caixas acústicas ou sintonizadores de radio frequência.



Em alguns casos, o indutor é apreciado apenas em seu momento de armazenamento, em que ele se torna um eletroímã. Um exemplo desse caso, é o alto falante.

O alto falante prioriza essa habilidade para que o indutor possa se movimentar dentro de um campo magnético formado por um imã permanente. Dessa forma, temos impulsos elétricos transformados em impulsos sonoros.



O transformador é outro exemplo em que se utiliza a energia magnética.



O transformador possui pelo menos dois indutores, chamados de, primário e secundário. Esses indutores são eletricamente isolados, porém acoplados magneticamente. Ao passo que a energia elétrica é transformada em magnética pelo primário, essa energia magnética é transformada em elétrica pelo secundário. A razão de transferência é dada pela diferença de indutância entre os dois indutores. Simplificando, podemos dizer que a razão entre a energia de entrada e a energia de saída é fornecida pela diferença do número de voltas em cada indutor. Por exemplo, se temos 100 voltas no primário e 200 voltas no secundário, a tensão de saída será o dobro da tensão de entrada, desconsiderando perdas.

A transferência de energia em um transformador só é possível em corrente alternada. É necessário que os campos magnéticos se alternem, caso contrário, o campo se estabiliza anulando a descarga elétrica. Dessa forma o transformador se torna um simples eletroímã apenas consumindo energia elétrica e transformando em magnética.

domingo, 7 de agosto de 2011

Componentes Eletrônicos – Transistor

Transistor, é um componente que poderia se chamar triodo, pois assim como a válvula triodo, sua função é a de passagem de energia em um único sentido com um elemento controlador.

Assim como o diodo ele é feito de junções de material semicondutor. O diodo, como dito anteriormente, possui uma única junção composta de dois materiais semicondutores. O transistor, por outro lado, possui duas junções compostas por três materiais semicondutores.

Como pode ser visto abaixo, o transistor possui três pinos. Coletor, Base e Emissor.


A energia passa entre o coletor e o emissor, dependendo da variação de energia na base. A base serve como controlador de condução.
O transistor é com certeza uma das maiores invenções da eletrônica, pois além de substituir a válvula, na grande maioria dos casos, também proporciona a criação dos circuitos integrados, que em geral são conhecidos como processadores de computador, amplificadores operacionais, entre outros. Dentro desses circuitos pode haver dezenas ou até, milhares de transistores.
No caso da substituição da válvula, o transistor trouxe vantagens.
- Construção de equipamentos menores.
- Menor aquecimento dos circuitos.
- Menor consumo de energia.
- Alimentação de circuitos de baixa tensão.
- Facilidade de manuseio.
- Baixo custo do circuito.
Com a criação do transistor, tivemos os primeiros rádios a pilha e hoje temos os computadores pessoais como prova dessas vantagens.
O transistor comum pode ser testado por um instrumento medidor de resistência, assim como o diodo. No instrumento iremos notar que, testando com as pontas de prova nos terminais base e coletor e nos terminais base e emissor, o transistor deve conduzir em um único sentido. Medindo entre o coletor e emissor, a medição deverá ser de resistência infinita ou aberto.
A escolha de um transistor do tipo comum é mais complexa do que a de outros componentes. Existem os fatores principais como, tensão de trabalho(V), corrente de trabalho(I), potência de trabalho(W), ganho(hfe) e tipo de condução(npn ou pnp).


Por ter uma diversidade muito elevada de tipos e encapsulamentos, é necessária a utilização da literatura fornecida pelo fabricante para se definir a ordem de ligação para cada transistor. Essa literatura é tecnicamente descrita como datasheet.
O datasheet fornece também todas as informações do transistor.