O indutor ou mais conhecido como bobina, é um componente capaz de armazenar energia, assim como o capacitor, porém de forma diferente. Enquanto o capacitor consegue manter uma energia estável por um longo período, o indutor funciona como uma mola e retorna uma energia armazenada de forma instantânea e às vezes, dependendo de sua construção, até superior, em função do curto espaço de tempo de descarga. Essa energia é armazenada em forma de campo magnético. Ou seja, quando conectamos um indutor a uma fonte de energia constante, temos em seu corpo a formação de um campo magnético polarizado. Logo que desligamos a energia que alimenta o indutor, o mesmo transforma o campo magnético em energia elétrica novamente em uma breve descarga.
A essa capacidade de armazenamento do indutor em energia magnética é dado o nome de indutância. Símbolo L. Unidade Henry (H).
A construção de um indutor é muito simples. Basta enrolar um pedaço de fio condutor isolado em algum material e já teremos um indutor. Normalmente utilizamos como material de fio condutor, o cobre.
Um fator muito importante, é o núcleo no qual usamos para enrolar o fio. Pois esse núcleo pode ser de material magnetizante ou inerte. No caso de materiais inertes ao magnetismo, dizemos que o indutor possui núcleo de ar e dessa forma simplesmente ignoramos o material ao calcularmos o indutor. No caso de materiais magnetizantes, o núcleo passa a interferir no valor final da indutância, aumentando significativamente seu valor.
Outros fatores também influenciam na indutância. O diâmetro do indutor e a distância entre as espiras.
Na eletrônica, o indutor é comumente utilizado em filtros de frequência. Seja em divisores de frequência em caixas acústicas ou sintonizadores de radio frequência.
Em alguns casos, o indutor é apreciado apenas em seu momento de armazenamento, em que ele se torna um eletroímã. Um exemplo desse caso, é o alto falante.
O alto falante prioriza essa habilidade para que o indutor possa se movimentar dentro de um campo magnético formado por um imã permanente. Dessa forma, temos impulsos elétricos transformados em impulsos sonoros.
O transformador é outro exemplo em que se utiliza a energia magnética.
O transformador possui pelo menos dois indutores, chamados de, primário e secundário. Esses indutores são eletricamente isolados, porém acoplados magneticamente. Ao passo que a energia elétrica é transformada em magnética pelo primário, essa energia magnética é transformada em elétrica pelo secundário. A razão de transferência é dada pela diferença de indutância entre os dois indutores. Simplificando, podemos dizer que a razão entre a energia de entrada e a energia de saída é fornecida pela diferença do número de voltas em cada indutor. Por exemplo, se temos 100 voltas no primário e 200 voltas no secundário, a tensão de saída será o dobro da tensão de entrada, desconsiderando perdas.
A transferência de energia em um transformador só é possível em corrente alternada. É necessário que os campos magnéticos se alternem, caso contrário, o campo se estabiliza anulando a descarga elétrica. Dessa forma o transformador se torna um simples eletroímã apenas consumindo energia elétrica e transformando em magnética.
que maravilha !!!! acho que o funcionamento dos motores brushless dos meus aeromodelos elétricos estão explicados depois deste post !
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