Muitas vezes ouvimos falar em ligar componentes em paralelo, mas como funciona essa ligação.
Como vimos no post anterior, às vezes precisamos fazer combinações de resistores para obter valores difíceis de encontrar no mercado.
No caso da ligação em paralelo, além do valor combinado, ainda temos a vantagem de aumentar a capacidade de dissipação de carga nos resistores. A potência dissipada será dividida entre os resistores. Se forem de mesmo valor, a potência dissipada em cada um será igual à potência total dividido pelo número de resistores. Dessa forma o calor pode ser distribuído por uma área maior, impedindo a queima do componente, do suporte, solda e placa de circuito impresso.
O calculo para a ligação em paralelo entre resistores é um pouco mais complicado que na ligação em série.
Para a ligação em paralelo de resistores, usamos o mesmo calculo da ligação em série de capacitores.
Ou seja:
Onde: RT é o valor total de resistência e R1, R2, R3, os valores de cada resistor.
Dica: Se os valores dos resistores forem iguais, basta dividir o valor de um dos resistores pelo número de resistores, que no caso acima, seria por 3.
Supondo que cada resistor seja de 3,3 ohms, o valor final portanto, seria de 1,1 ohms.
A ordem dos resistores é indiferente ao valor final.
O mesmo aplica-se à ligação paralela entre alto-falantes.
Como no caso da ligação em série, em algumas situações, precisamos “casar” impedâncias entre alto-falante e amplificador de som.
Um caso, por exemplo, seria um amplificador que possua um limite mínimo de impedância de saída de 2 ohms e ligaríamos 4 alto-falantes com impedância de 8 ohms cada.
Existem alguns cuidados nesse tipo de ligação entre alto-falantes.
Devem ser conectados de forma que o positivo de um seja conectado no positivo do outro, caso contrário, eles trabalharão em oposição de fase.
É pouco comum, mas esse tipo de ligação pode também ser usada entre pilhas e baterias.
A vantagem é de manter a tensão e aumentar a longevidade da carga. Você pode alimentar um equipamento por mais tempo.
Nesse caso, é importante entender que a tensão permanecerá a mesma e a corrente se elevará na somatória das unidades.
Muito importante é ligar o positivo de uma pilha no positivo da outra.
Devemos ter uma certa atenção quanto ao mesmo tipo e condições das pilhas.
A configuração em paralelo também pode ser usada para lâmpadas.
Mas ao contrário da ligação em série, a tensão nominal da rede deve ser igual à tensão descrita na lâmpada.
A vantagem desse tipo de ligação para lâmpadas é de aumentar a iluminação apenas.
Deve-se ter o cuidado de estar ciente que, colocando lâmpadas em paralelo, estamos aumentando a corrente de consumo. Isso pode acarretar em um excesso de carga em conectores, chaves e fios elétricos. A carga deve ser calculada somando os valores de corrente de cada lâmpada.
Da mesma forma, essa configuração pode ser usada para ligação entre LEDs. Porém o ideal é que, cada LED tenha seu resistor limitador de corrente. Isso se deve ao fato de que cada LED tem uma pequena diferença na razão entre tensão e corrente. De forma que, um dos métodos mais comuns para se equalizar essa diferença, é a utilização de um resistor limitador de corrente em cada LED. Caso contrário, tendo a mesma tensão de alimentação, cada LED iria consumir uma corrente diferente. E isso poderia causar a queima do LED que tiver sua corrente máxima superada.
O calculo é o mesmo usado no o post onde descrevo a polarização dos LEDs. A lei de ohm.
Cada LED tem sua tensão particular de alimentação, portanto devemos estar atentos quanto a esse detalhe. Se ambos ou mais LEDs forem iguais, os resistores serão os mesmos. Porém existe a possibilidade de usarmos correntes diferentes para cada LED com a finalidade de produzir brilho de intensidade diferente entre eles.
Da mesma forma que na ligação em série, a ligação em paralelo entre capacitores é calculada de forma oposta à de resistores. Ou seja, entre capacitores, somam-se os valores quando em ligação paralela. CT = C1 + C2 + C3.
Nenhum comentário:
Postar um comentário